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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Exploração de imagens publicitárias


Ferrão Tavares.  Escola e televisão: olhares cruzados, Plátano Editora


EXPLORAÇÃO  da  PUBLICIDADE

IDado o carácter híbrido da publicidade, é difícil situá-la nos três tipos de programas que geralmente se consideram (informativos, de entretenimento, ficção). Muitos spots contam histórias, outros insistem na informação sobre um tema, por exemplo, sobre o ambiente e, no fim, surge a marca do detergente, etc.   Consoante os momentos vividos, os publicitários fazem apelo à encenação de princípios ou valores diferentes: a beleza das mulheres, ou o seu trabalho intelectual e o sucesso dele decorrente; o valor da simplicidade da infância; o exotismo e o desejo de conhecer o diferente; o sucesso económico; o valor da cultura através dos livros...

A  observação da publicidade pode assim situar-se a diferentes níveis:

1.      A publicidade como espelho de uma sociedade
2.      Os spots enquanto histórias

3.      Os textos dos spots


A publicidade poderá, por um lado, ser utilizada na escola com a finalidade de proteger as crianças, fornecendo-lhes meios de evitar a manipulação e de aprender a ser consumidores conscientes. Por outro lado, a publicidade  poderá ser utilizada como auxiliar didáctico, como processo de motivação, mas também como processo de abordagem de conteúdos ligados à competência linguística e discursiva. Os slogans permitem a expressão não só das funções informativa e expressiva, mas também da função poética.

Analisar os implícitos, os palimpsestos,  em slogans constitui uma maneira de levar os alunos a reflectir sobre dados da actualidade ou de cultura partilhada.


 





 Ficha pedagógica
Objectivos
Desenvolver a competência comunicativa
Levar os alunos a realizar os seguintes actos:

·      Descrever
·      Contar
·      Argumentar (estruturar os argumentos, encadeá-los...)


Material
Spots
Artigos de jornais
Sites
Descrição de actividades
-          Passar as imagens de um spot e pedir aos alunos que imaginem os vários produtos que poderiam ser publicitados a partir dessas imagens. No caso de spots construídos segundo um formato narrativo, mostre aos alunos o início de um spot pouco conhecido, peça-lhes que imaginem a história e que adivinhem o produto publicitado.
-          Descrever os elementos formais que compõem o spot. Papel da cor, do movimento, do gingle, dos planos...
-          Fazer a «leitura» dos anúncios de televisão durante umas horas, procurando relacionar o momento de transmissão dos anúncios com o público visado e com os «valores» a que se faz  apelo.

-          Analisar em alguns spots a estrutura interactiva.

-          Que actos interactivos (abertura, desenvolvimento, fecho) realizam as personagens?
-          Que actos de fala realizam (falam para pedir uma informação, protestar...)?
-          Que formas verbais e não verbais são utilizadas em situação de pedido, por exemplo?
-          Que processos estilísticos surgem nos slogans?
-          Como são obtidos determinados efeitos estéticos (relação texto, imagem, som)?

-          Observar um spot  de uma televisão estrangeira sem som. Adivinhar o produto publicitado e imaginar o texto. Confrontar com a versão em língua estrangeira – mesmo desconhecida do aluno para suscitar estratégias de intercompreensão.

-          Partir de um anúncio radiofónico e pedir aos alunos que imaginem uma sequência de imagens que poderiam constituir o anúncio televisivo.

-          Agrupar spots segundo critérios a determinar: temáticos, mais ou menos educativos, narrativos, prescritivos, presença de pessoas, crianças, mulheres... Os alunos terão de justificar aos colegas dos grupos os critérios utilizados para a sua classificação.

-          Coleccionar algumas histórias. Procurar responder às perguntas:

-          Que personagens ou acontecimentos representam as funções de herói, adjuvantes, oponentes? Qual a situação inicial? Como surge a complicação? E a resolução? Qual o espaço e o tempo escolhidos?     

-          Fazer concursos de slogans a partir da construção de  matrizes, pedindo aos alunos que proponham também sequências de imagens, sugestões verbais de imagens, recortes de revistas, etc.

sexta-feira, 25 de março de 2011

TIC- Exploração do sítio com a «História do Dia»

Esta actividade foi retirada da brochura elaborada no âmbito do PNEP, de Ferrão Tavares e Barbeiro, «Implicações das TIC na aula de Língua»- ME- DGIDC (No prelo há muito, muito tempo...) 
■ Descobrir as histórias
Esta actividade familiariza os alunos com a organização da variedade de informação que surge num sítio e com os recursos que dão acesso a essa informação.
Vão encontrar um sítio com muitas histórias.
·    Quem é o escritor ou a escritora das histórias apresentadas em Histórias do dia?
·    Quem faz as ilustrações?
·    Quantas pessoas participam na equipa?
·    Como procuraram essa informação?
·    Onde está o índice ou menu?
·    Se quiserem saber as histórias preferidas pelos meninos onde vão procurar a informação?Escrevam o nome das três histórias mais votadas.
·   Qual o a história de hoje, ontem, há dois dias?

Com estas perguntas pretende-se  a verbalização  da noção de tempo e de espaço que é necessário para uma primeira manipulação do ecrã. Depois de alguma ajuda do adulto, as crianças interiorizam as rotinas e conseguem manipular a página sozinhas. 

 
E depois é necessário escolher uma história,  fazer perguntas sobre a mesma a partir das imagens, ouvi-la, lê-la...


segunda-feira, 21 de março de 2011

A partir de Música Clássica


Objectivos comunicativos: descrever, argumentar

Vão fazer  uma visita a uma exposição do pintor Juan  Miró. Ao mesmo tempo que vêem imagens devem dizer palavras que a pintura vos sugere.



Depois poderão comentar as imagens, a música...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Jogo dos dados

... à maneira de Debyser e de Christian Estrade, desenhados  por Maria José Bispo, em «Era uma vez ...uma gramática em histórias».Plátano editora. Ainda há exemplares!

A matriz de contos é declinada neste jogo sob a forma de dado. Os jogadores jogam os dados e, em função da face que ficar em cima, imaginam uma  situação inicial (noção de tempo e espaço), constroem o perfil do herói (descrição, noção de qualificação), imaginam os adjuvantes, opositores...
Os museus portugueses têm dados com  imagens de pintores conhecidos à venda. Podem ser adaptados a este jogo. Também há a possibilidade de criar materiais a partir de pesquisas em pintura-pessoas,  paisagens...

É importante que a escolha recaia em pintura abstracta para não limitar a construção de histórias e levar  a maior qualidade da produção oral ou escrita.  A reprodução de uma casa leva a dizer «é uma casa com duas janelas»... uma imagem imprecisa poderá  levar a dizer «talvez seja uma casa ou um castelo, mas também pode ser ... porque...eu vejo antes...».