O Fim é o princípio. Uma página que se vira.
Somos a tinta fresca em folha áspera.
A capa dura. Aquilo que procura. Somos a História.
Desde sempre. O terramoto de 55 e a revolução de 74.
Somos todos os nomes. As pessoas do Pessoa.
Alexandre Herculano e Ramalho Ortigão.
O Mundo na mão.
Ponto de encontro. De quem pensa. De quem faz pensar.
Temos pele enrugada de acontecimento. As páginas são nossas.
E o pó que descansa na capa também. Sabemos falar
de guerra e paz, explicar a origem das espécies e dizer qual
a causa das coisas. Somos o que temos. A tradição e a vocação.
A atenção. A opinião. A história de dor e de amor.
Somos o nome do escritor. A mão do leitor.
Somos livros.
Somos a tinta fresca em folha áspera.
A capa dura. Aquilo que procura. Somos a História.
Desde sempre. O terramoto de 55 e a revolução de 74.
Somos todos os nomes. As pessoas do Pessoa.
Alexandre Herculano e Ramalho Ortigão.
O Mundo na mão.
Ponto de encontro. De quem pensa. De quem faz pensar.
Temos pele enrugada de acontecimento. As páginas são nossas.
E o pó que descansa na capa também. Sabemos falar
de guerra e paz, explicar a origem das espécies e dizer qual
a causa das coisas. Somos o que temos. A tradição e a vocação.
A atenção. A opinião. A história de dor e de amor.
Somos o nome do escritor. A mão do leitor.
Somos livros.
Na contracapa... um outro poema
Somos livros.Se eu fosse um livro
começava por ter páginas grossas.
Com duas ou três palavras e muitas cores.
Se eu fosse um livro era um livro de aventuras. De piratas. De bons e maus.
De pernas de pau. Anos depois seria um livro revolucionário.
Proibido. Chamuscado. Passado de mão em mão. Ou então não.
Mais tarde tornava-me um livro de poesia. Um livro de amor.
Com paixão, tesão e até traição. Um livro resistente.
Que suportasse o sal das minhas lágrimas. Se eu fosse um livro era um clássico.
Para ler na cama. No silêncio da vida a dois. Depois seria um guia.
Que se lê no meio do banho, da tosse e do ranho.
Um livro que se trata com todo o carinho. Com o passar do tempo uma autobiografia.
Um livro de memórias. Com revelações e confidências. Com rugas na capa.
Cheio de páginas. Cheio de vida. Se eu fosse um livro era o ABC do rejuvenescimento.
Uma tentação para quando só nos resta a imaginação.
Se eu fosse um livro tinha muitos capítulos.
Só não queria ter fim.
começava por ter páginas grossas.
Com duas ou três palavras e muitas cores.
Se eu fosse um livro era um livro de aventuras. De piratas. De bons e maus.
De pernas de pau. Anos depois seria um livro revolucionário.
Proibido. Chamuscado. Passado de mão em mão. Ou então não.
Mais tarde tornava-me um livro de poesia. Um livro de amor.
Com paixão, tesão e até traição. Um livro resistente.
Que suportasse o sal das minhas lágrimas. Se eu fosse um livro era um clássico.
Para ler na cama. No silêncio da vida a dois. Depois seria um guia.
Que se lê no meio do banho, da tosse e do ranho.
Um livro que se trata com todo o carinho. Com o passar do tempo uma autobiografia.
Um livro de memórias. Com revelações e confidências. Com rugas na capa.
Cheio de páginas. Cheio de vida. Se eu fosse um livro era o ABC do rejuvenescimento.
Uma tentação para quando só nos resta a imaginação.
Se eu fosse um livro tinha muitos capítulos.
Só não queria ter fim.
Nestes poemas inseridos na publicidade à Bertrand retomam-se alguns princípios da escrita criativa de poemas.
E se os alunos fossem...
Se eu fosse...
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